PT e Maluf, isso pode custar caro para o PT.


A charge  publicada na edição de sexta da Folha, caderno poder, pagina A16, mostrando Fernando Haddad, pelo PT, e José Serra, pelo PSDB, disputando o apoio de Paulo Maluf do PP, retrata com perfeição o nó que vem dando o tom da política brasileira nas últimas décadas.

Não podemos esquecer que Maluf é figurinha carimbada em processos de desvio de dinheiro, improbidade administrativa, sonegação fiscal, nepotismo, lavagem de dinheiro, além de ser procurado internacionalmente pela Interpol, justamente por lavagem de dinheiro, ou seja é um ficha suja.

PT e PSDB, os dois partidos que, por suas origens e ideias iniciais, teriam tido a condição  de modernizar um pouco o modo de fazer política no país, acabaram optando pelo caminho pragmático de aliar-se às velhas lideranças que, desde o Império, ditam os rumos da nação.

Primeiro foram os tucanos que, nos anos 90, se juntaram ao então PFL para eleger Fernando Henrique Cardoso. No início deste século foi a vez de o PT compor com um enxame de legendas para dar governabilidade a Lula, como esse professor sempre diz, fizeram alianças com Deus e o Diabo, e agora não sabem a quem servem.

O resultado prático foi que grupos políticos encabeçados por figuras como Maluf, ACM, Sarney, Renan, Jader não apenas não foram relegados para as margens do sistema, como seria desejável, mas ainda ganharam um peso político desproporcional, passando a ser cortejados por petistas e tucanos. A maioria deles sabe tirar proveito dessa situação, como o prova a grande confederação para a chantagem política em que se converteu o PMDB.

A tragédia aí é que o Brasil que, na passagem dos anos 90 para os 2000, foi capaz de gerar um consenso econômico realista e razoavelmente moderno, mostra agora que  perdeu a oportunidade de fazer algo semelhante em relação à estrutura partidária.

É claro que pragmatismo e capacidade de negociar são características positivas na política. O problema é que tanto PT como PSDB embarcaram em acordos que se dão muito mais em bases personalistas do que institucionais.

E o pior é que a moeda de troca utilizada são milhares de pequenos e grandes cargos na administração, cujo preenchimento por apadrinhados em vez de técnicos qualificados, quando não favorece a corrupção, resulta em anos de incompetência.

E aí????  Você entende o compromisso que tem com o seu voto, se queremos mudar algo devemos votar corretamente.




Sucesso a todos,

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